Ano Santo da Misericórdia

Celebrando o Jubileu Extraordinário do Ano Santo da Misericórdia na Diocese de Naviraí.

 

A. S. Misericórdia

O que é um Ano Santo ou Jubilar?

O texto bíblico de Levítico, capítulo 25, ajuda–nos falando do significado que tinha um “jubileu” para o povo de Israel: de cinquenta em cinquenta anos, os judeus ouviam ressoar a trombeta que os convocava para celebrarem um ano santo como tempo de reconciliação para todos. Por isso, promovia-se perdão das dívidas, ajuda a quem caíra na miséria, a melhoria das relações entre as pessoas e a libertação dos escravos. Jesus Cristo se coloca em sintonia com este ideal do ano da graça, ele veio anunciar e realizar o tempo perene da graça do Senhor, levando a Boa-Nova aos pobres, a liberdade aos prisioneiros, a vista aos cegos e a libertação aos oprimidos como ele mesmo afirma no início de sua missão (cf. Lc 4,18-19). Na história da Igreja a celebração de um Ano Jubilar que se tem notícia foi proposta pelo Papa Bonifácio Vll, em 1.300 com o objetivo dos fiéis receberem o perdão dos pecados e as indulgências. Ele planejou que a cada 100 anos fosse instituído um Ano Santo. O Papa Clemente Vl reduziu o prazo convocando o segundo Ano Santo depois de 50 anos. Em 1475, passou a ser celebrado a cada 25 anos de forma ordinária e nas ocasiões que o Papa achar relevante de forma extraordinária, permitindo aos fiéis experimentassem mais de uma vez esta graça jubilar, durante sua vida.

 

Por que este ano é dedicado á misericórdia?

 

O Papa Francisco escolheu o dia 8 de dezembro de 2015 para marcar a abertura do Ano Santo da Misericórdia. Neste mesmo dia, em 1965 o Papa Paulo Vl concluía o Concílio Vaticano ll e, este fato, reveste o Ano Santo de um significado especial, encorajando a Igreja a prosseguir a obra iniciada no concílio. Quando convocou o Concílio Vaticano ll, São João XXll propôs à Igreja que usasse mais o remédio da misericórdia que a severidade da condenação. Este ano Santo quer colocar em evidência que a Igreja tem a missão de ser testemunha da misericórdia de Deus no mundo. Por isso o Ano Santo deverá manter vivo o desejo de individuar os inúmeros sinais da ternura que Deus oferece ao mundo inteiro e sobretudo a quantos estão na tribulação, vivem sozinhos e abandonados, e também sem esperança de ser perdoados e sentir-se amados pelo Pai. Um Ano santo para sentirmos intensamente em nós a alegria de ter sido reencontrados por Jesus, que veio, como Bom Pastor, a nossa procura. Um Jubileu para nos darmos conta do calor do seu amor, quando nos carrega aos seus ombros e nos traz de volta à casa do Pai. Um ano que sejamos tocados pelo Senhor Jesus e transformados pela sua misericórdia para nos tornarmos, também nós, testemunhas de misericórdia. Veja mais: www.jubilaemmisericordiae.va

 

Qual o sentido da peregrinação à Porta Santa?

 

A peregrinação será sinal de que a própria misericórdia é uma meta a alcançar e que exige empenho e sacrifício. Deve ser acompanhada de uma peregrinação interior; “não julgueis, não condeneis, mas, perdoai” (cf Lc 6,37-38). A peregrinação sinaliza também a proposta de uma conversão pastoral na perspectiva da misericórdia. A porta Santa é uma porta pela qual o peregrino deve passar e simbolizar a entrada em uma nova dimensão de vida segundo a misericórdia.

 

O que são as obras de misericórdia espirituais e corporais?

 

Desde a Igreja primitiva foram indicadas 14 obras de misericórdia, sendo 07 espirituais e 07 corporais, para que os cristãos não perdessem ou diminuíssem a fé por não assumirem atitudes e comportamento corretos.

1) Dar bom Conselho;

2) corrigir os que erram;

3) ensinar os ignorantes;

4) suportar com paciência as fraquezas do próximo;

5) consolar os aflitos;

6) perdoar os que nos ofenderam;

7) rezar pelos mortos.

Obras de misericórdia corporais:

1) dar de comer a quem tem fome;

2) dar de beber a quem tem sede;

3) vestir os nus;

4) visitar os doentes;

5) visitar os presos;

6) acolher os peregrinos;

7) enterrar os mortos.

 

Qual o significado e como receber as indulgencias plenárias?

 

No sacramento da Reconciliação (confissão), Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanecem. Por isso, a indulgência de Deus, através da Igreja, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado. Para obter as indulgências os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa da Misericórdia na Catedral Nossa Senhora de Fátima ou Santuário Diocesano Imaculado Coração de Maria, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. É importante que esta peregrinação esteja unida, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação (confissão) e à celebração da Eucaristia com a profissão de fé e uma reflexão sobre a misericórdia. Em seguida uma oração nas intenções do Papa para o bem da Igreja e do mundo inteiro, bem como, a realização de uma obra de misericórdia: espiritual ou corporal.

 

Como celebrar o Ano Santo da Misericórdia na Diocese de Naviraí?

 

Até o dia 20 de novembro de 2016, festa litúrgica de Cristo Rei, quando se encerrará o Ano Jubilar, os fiéis poderão realizar esta extraordinária experiência, organizando uma peregrinação à Porta Santa, sozinho ou com sua família, pastoral, movimento, comunidade, empresa ou repartição pública, à Catedral, em Naviraí ou Santuário Diocesano, em Nova Andradina. Chegando nestas Igrejas, os respectivos padres e missionários da misericórdia, estarão aprofundando o significado do Ano Santo e  da Porta Santa da Misericórdia, através de uma formação, espiritualidade e atendimento do sacramento da penitencia ou direção espiritual. Para maiores informações e agendar sua peregrinação, entre em contato:

Santuário: (67) 3441-1547 paroquianan@terra.com.br

Catedral: (67) 3461-1377 cnf.navirai@hotmail.com

ORACÃO DO ANO SANTO DA MISERICÓRDIA

Senhor Jesus Cristo,

Vós nos ensinastes a ser misericordioso como o Pai Celeste

E nos dissestes que quem Vos vê, vê o Pai.

Mostrai-nos o vosso rosto, e seremos salvos! O vosso olhar amoroso libertou

Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro:

Libertou a adúltera e Madalena de buscar a felicidade nas criaturas:

Fez Pedro chorar, depois da traição

E assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido.

Fazei-nos ouvir, como dirigida a nós mesmos, as palavras que

Dissestes á mulher samaritana: “Se tu conhecesses o dom de Deus”!

Vós sois o rosto visível do Pai invisível,

Do Deus que manifesta sua onipotência sobretudo no perdão e na misericórdia.

Senhor ressuscitado e glorioso, fazei que a Igreja seja, no mundo, o vosso rosto visível.

Vós quisestes que os vossos ministros fossem também eles revestidos de fraqueza,

Para sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro.

Aos que se aproximarem de vossos ministros fazei que se sintam acolhidos, amados e perdoados por Deus. Consagrai-nos com a unção do vosso Espírito, para que o Jubileu da misericórdia seja um ano de graça do Senhor,

E a vossa Igreja, com renovado entusiasmo, anuncie a alegre notícia aos pobres, proclame a liberdade aos presos e oprimidos, e a recuperação da vista aos cegos.

Tudo vos pedimos, por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia,

A vós que vivíeis e reinais com o Pai e o Espirito Santo,

Pelos séculos dos séculos.

Amém.

Fontes bibliográficas:

www.jubilaemmisericordiae.va

LUBEL, Cristovam. Ano Santo da Misericórdia. Ed. Pão e Vinho: São Paulo, 2015.

CIPOLLINI, Pedro Carlos. Jubileu da Misericórdia. Ed. CNBB: Brasília, 2015.

Elaboração: Pe. Alex Silva Messias

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